terça-feira, 4 de outubro de 2011

HISTÓRIA DA ORDEM DE MALTA EM DATAS

1113.II.15 - O Papa Pascoal II reconhece o estatuto e soberania da Ordem dos Hospitalários de São João de Jerusalém.

1140 - D. Afonso Henriques, O Conquistador, rei de Portugal, concede Carta de Couto à Ordem do Hospital, então sediada no Mosteiro de Leça do Balio.

1187 - Os Cavaleiros Hospitalários são obrigados a refugiarem-se em Margat, após a tomada de Jerusalém, por Saladino, Soltão do Egipto.

1191 - Os Cavaleiros Hospitalários tomam a Ilha de Acre, na Palestina, deixando para trás Margat, seu último território sede.

1194 - D. Sancho I, O Povoador, rei de Portugal, doa a terra de Guindintesta, junto ao Tejo, aos Cavaleiros de S. João do Hospital, para que aí construa seu castelo, que haverá de se denominar Castelo de Belver.

1202 - O português D. Afonso de Portugal (1135-1207) é eleito o 11.º Grão-Mestre da Ordem dos Hospitalários.

1232 - D. Sancho II, O Capelo, rei de Portugal, doa largos domínios de terra, que denominou de Crato, aos Cavaleiros de S. João do Hospital, que aí estabeleceram nova sede.

1308 - Os Cavaleiros Hospitalários de São João de Jerusalém, estabelecem-se na Ilha de Rodes, deixando para trás a Ilha de Acre, tomada pelos Sarracenos.

1530.X.26 - A Ordem apodera-se da Ilha de Malta, com a aprovação do Papa Clemente VII, e passa a denominar-se Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.

1545 - Em sequência do Breve de Paulo III, o Infante Dom Luís, Grão Prior do Crato, funda um Mosteiro de Religiosas da Ordem de Malta, em Estremoz.

1622.IX.17 - O português D. Luís Mendes de Vasconcelos (1542-1623) é eleito o 55.º Grão-Mestre da Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.
 
1623.III.23 - Dá-se o falecimento de D. Luís Mendes de Vasconcelos (1542-1623), 55.º Grão-Mestre da Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (1622-1623).
 
1722.VI.19 - O português D. António Manoel de Vilhena (1663-1736) é eleito o 66.º Grão-Mestre da Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.
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1741.I.18 - O português D. Manuel Pinto da Fonseca (1681-1773) é eleito o 68.º Grão-Mestre da Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta.
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1743 - O Infante D. Pedro é confirmado Grão-Prior da Ordem de Malta.
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1736.XII.10 - Dá-se o falecimento de D. António Manuel de Vilhena (1663-1736), 66.º Grão-Mestre da Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (1741-1736).
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1773.I.23 - Dá-se o falecimento de D. Manuel Pinto da Fonseca (1681-1773), 68.º Grão-Mestre da Soberana e Militar Hospitalária Ordem de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta (1741-1773).
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1834 - A Ordem é reactivada e estabelece nova sede em Roma, passando a denominar-se Ordem Soberana Militar de Malta.
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1899.V.31 - São aprovados os Estatutos da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta.
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1951 - São estabelecidas relações diplomáticas entre a República Portuguesa e a Ordem Soberana Militar de Malta.
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1958.VI.21 - Dá-se a reinserção da Igreja de Santa Luzia e São Brás, em Alfama, Lisboa, nas actividades de natureza espiritual da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta.
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1980 - Dr. Miguel de Polignac Mascarenhas de Barros, é admitido como Primeiro Secretário da Embaixada da Ordem Soberana de Malta em Portugal.
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1983 - É assinado o Acordo de Cooperação Bilateral entre Portugal e a Ordem Soberana Militar de Malta.
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1989 - Tem lugar a Visita de Estado de Sua Alteza Eminentíssima o Príncipe e Grão Mestre Fr. Andrew Bertie a Portugal.
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1994.VIII.24 - A Assembleia-Geral das Nações Unidas convida a Ordem Soberana e Militar de Malta a integrar o seu Grupo de Observadores Permanentes.
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1998 - Dr. Miguel de Polignac Mascarenhas de Barros, Primeiro Secretário da Embaixada da Ordem de Malta em Portugal, é promovido a Conselheiro de Embaixada.
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2006 - Dom Augusto Duarte de Andrade Albuquerque Bettencourt de Athayde, 4º conde de Albuquerque, é eleito Presidente da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta.
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2008.IX.10 - Dr. Miguel de Polignac Mascarenhas de Barros, Conselheiro da Embaixada da Ordem de Malta em Portugal, apresenta as Cartas Credenciais como Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Ordem Soberana de Malta em Portugal a Sua Excelência o Senhor Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva.
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2011 - Tem lugar a visita de Estado de Sua Alteza Eminentíssima o Príncipe e Grão Mestre Fr. Matthew Festing a Portugal.
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2011.XII.09 - Dr. Miguel de Polignac Mascarenhas de Barros, Embaixador da Ordem de Malta em Portugal, é  nomeado Representante Oficial da Ordem Soberana de Malta na C.P.L.P. – Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste), cargo que passa a acumular com o de Embaixador em Portugal.
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2012.VI.23 - Cerimónia de Investidura de Novos Membros da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
em actualização

sábado, 6 de agosto de 2011

FREI D. MANUEL PINTO DA FONSECA

68.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (18.I.1741-23.I.1773), eleito em 18 de Janeiro de 1741. Natural de Lamego, filho de Miguel Álvaro Pinto da Fonseca e sua mulher Ana Pinto Teixeira, Manuel Pinto da Fonseca foi o último Grão-Mestre Português da Ordem de Malta, cujos destinos orientou durante mais de trinta anos. Foi um verdadeiro Soberano do Século das Luzes – reformando e regulamentando todas as áreas da governação pública, desde o Comércio, Indústria, Saúde e Justíça. Fundou a Universidade, a Biblioteca e a Imprensa. Lançou grandes obras, restaurando palácios, monumentos e edifícios públicos. O seu governo foi marcado pela magnificência.
Encontra-se sepultado em La Valletta, sendo o seu Túmulo uma das principais atracções da Ilha.
Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.248 e seguintes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

FREI D. ANTÓNIO MANOEL DE VILHENA

FREI D. ANTÓNIO MANOEL DE VILHENA (1663-1736), 66.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (19.VI.1722-10.XII.1736). Foi o terceiro filho de D. Sancho Manoel de Vilhena, primeiro Conde de Vila Flôr, e sua mulher Ana de Noronha. Em 1703 foi elevado ao cargo de grão-chanceler da Ordem e chefe da língua de Castela e Portugal, mais tarde a Bailio de São João de Acre, assim como a Governador do Tesouro. Só em 1722 foi eleito Grão-Mestre da Ordem por voto de todos os eleitores sendo um dos mais notáveis no cargo pelo seu valor nas batalhas e pela sua integridade na Administração Pública. Vilhena foi amado pelos seus contemporâneos por ter tentado melhorar a situação da ilha de Malta, onde criou inúmeras instituições de caridade. Para além disso, criou o Palácio da Ordem em Floriana, um subúrbio de La Valetta onde ainda hoje se ergue uma estátua em sua homenagem. Construiu ainda o Forte Manuel e o Teatro Manuel (1731), que é tido como sendo o segundo mais antigo teatro da Europa ainda hoje em utilização. Quando faleceu, em 1736, ficou sepultado na Co-Catedral de S. João, sendo o seu túmulo considerado o maior e mais sumptuoso de todas os mausoléus dos grão-mestres da Ordem de Malta.
Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.207 e seguintes.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

FREI D. LUÍS MENDES DE VASCONCELOS

FREI D. LUÍS MENDES DE VASCONCELOS (1541-1623), 55.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (17.IX.1622-07.III.1623).
Natural de Évora, onde terá nascido por volta de 1541, era filho de Francisco Mendes de Vasconcelos e sua mulher D. Isabel Pais de Oliveira. Desde muito cedo que a Ordem o pretendeu entre os seus e para isso fez as devidas provanças, chegando a Malta em 1 de Abril de 1572.
Antes de rumar a Malta serviu algum tempo junto à pessoa do Senhor D. João de Áustria, Generalíssimo do Mar e filho natural do Imperador Carlos V.
Foi Capitão da Galé Esperança por dois anos. Desempenhou as funções de Auditor, Procurador de Encarcerados e Comissário de Pazes. Foi ainda Recebedor da Religião em Portugal, entre 1589 e 1598, Embaixador da Religião em Roma e Conservador Conventual, de que passou a General de Galés, em 1613. Foi ainda Bailio de Aquila e de Acre.
Por seu primeiro cabimento teve a Comenda de Elvas e Montoito, que deixou melhorando-a com a Comenda de Vera Cruz. Além destas teve de graça as Comendas de Rossas, Frossos e Algozo.
Eis que por fim atingiu o Grão-Mestrado da Ordem. Dignidade de que gozou por apenas um ano e, por isso, enquanto tal, não é muito significativa a sua obra. No entanto, no seu breve governo, demonstrou a grandeza do seu ânimo, a generosidade do seu pensamento e o zelo pela justiça. Foi sepultado na cripta da Igreja de S. João, em La Valleta, Malta.

Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.180 e seguintes.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FREI D. AFONSO DE PORTUGAL

FREI D. AFONSO DE PORTUGAL (1135-1207), 11.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (1202-1206).
Apontado como sendo o mais velho dos filhos bastardos de D. Afonso Henriques, O Conquistador, Rei de Portugal, e de Dona Chamoa Gomes, Dom Fernando Afonso foi uma personagem de grande importância no seu tempo. Serviu como alferes-mor do rei seu pai, embora por curto período. Depois, foi cavaleiro da Ordem do Templo, passando mais tarde para a Ordem do Hospital, de que se tornou mestre na Hispânia, em 1198. Rumou ao Oriente onde participou na 4.ª Cruzada sob o estandarte da Ordem dos Hospitalários, de 1202 a 1204, na qual logo se notabilizou e granjeou apoio para a ascenção a Grão-Mestre da Ordem.
No seu curto mandato, de 1202 a 1206 (a maioria dos autores aponta o período 1194 a 1195), empreendeu uma importante reforma nos Estatutos da Ordem. Por razões ainda relativamente desconhecidas viu-se obrigado a abdicar e a regressar a Portugal, onde faleceu um ano depois.Foi sepultado na Igreja de São João de Alporão, em Santarém.
Estudos recentes, embora admitam não existir qualquer prova documental conclusiva, sustentam ser bem provável que tenham existido problemas relacionados com a transmissão do trono para D. Sancho I, a que não será alheio o envenenamento ou morte de D. Fernando Afonso, em Évora, no ano de 1207.
Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.120 e seguintes.

terça-feira, 5 de julho de 2011

MILITARIUM ORDINUM ANALECTA
Fontes para o Estudo das Ordens Religioso-Militares
Uma Contenda entre a Coroa e a Ordem do Hospital
(publicação da Sentença de 1417)
por Paula Pinto Costa
CEPESE, Agosto de 2007

terça-feira, 8 de março de 2011

sábado, 1 de janeiro de 2011

Graus e Insígnias da Ordem de Malta

A Ordem Soberana e Militar de Malta é uma Monarquia Constitucional e, neste sentido, rege-se por uma Carta Constitucional. A versão em vigor foi aprovada pelo Soberano Conselho e promulgada em 27 de Junho de 1961, tendo sido reformada no Capítulo Geral Extraordinário de 28-30 de Abril de 1997.
De acordo com o Artigo 8.º da CC, os Membros da Ordem dividem-se em três classes, a saber:
1ª Classe - Cavaleiros de Justiça (professos e capelães, que fizeram os votos religiosos);
2ª Classe - Membros que fazem a promessa de obediência (Cavaleiros e Damas de Honra e Devoção em obediência; Cavaleiros e Damas de Graça e Devoção em obediência; e Cavaleiros e Damas de Graça Magistral em obediência);
3ª Classe - Membros que não professam os votos religiosos ou a promessa, mas que se comprometem a viver de acordo com as normas da Ordem e da Igreja, e são divididos em seis categorias:
i) Cavaleiros e Damas de Honra e Devoção;
ii) Capelães Conventuais;
iii) Cavaleiros e Damas de Graça e Devoção;
iv) Magistral Capelães;
v) Cavaleiros e Damas de Graça Magistral;
vi) Donatos
 
Insígnias

 

Insígnias de Sua Alteza Eminentíssima
Princípe e Grão-Mestre

Venerando Bailio Cavaleiro Grã-Cruz de Justiça
Professo de Voto Solene
 
Comendador de Justiça
Professo de Voto Solene
 
Cavaleiro de Justiça
Professo de Voto Solene
 
Cavaleiro de Justiça
Professo de Voto Simples
 
Cavaleiro admitido ao Noviciado
 
Capelão Grã-Cruz Conventual
Voto Religioso Solene
 
Capelão Conventual
Professo de Voto Religioso Solene
 
Capelão Conventual
Professo de Voto Religioso Simples
 
Cavaleiro Bailio Grã-Cruz de Obdiência
 
Cavaleiro Grã-Cruz de Obdiência
 
Cavaleiro de Obdiência
 
Donato de Justiça
 
Cavaleiro Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção
com Cruz de Professão "ad honorem"
 
Cavaleiro Bailio Grã-Cruz de Honra e Devoção
 
Cavaleiro Grã-Cruz de Honra e Devoção
 
Cavaleiro de Honra e Devoção titular de Comenda
 
Dama Grã-Cruz de Honra e Devoção
 
Dama Grã-Cruz de Honra e Devoção
 
Dama de Honra e Devoção
 
Capelão Grã-Cruz Conventual "ad honorem"
 
Capelão Conventual "ad honorem"
 
Cavaleiro Grã-Cruz de Graça e Devoção
com facha
 
Cavaleiro Grã-Cruz de Graça e Devoção
 
Cavaleiro de Graça e Devoção
 
Dama Grã-Cruz de Graça e Devoção
 
Dama de Graça e Devoção
 
Capelão Magistral
 
Cavaleiro Grã-Cruz de Graça Magistral
com facha
 
Cavaleiro Grã-Cruz de Graça Magistral
 
Cavaleiro de Graça Magistral
 
Dama Grã-Cruz de Graça Magistral
 
Dama de Graça Magistral
 
Donato de Devoção
Primeiro Classe
 
Donato de Devoção
Segunda Classe
 
Donato de Devoção
Terceira Classe
 Fonte e imagens: Centro Heráldico e Genealógico Italiano