sábado, 6 de agosto de 2011

FREI D. MANUEL PINTO DA FONSECA

68.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (18.I.1741-23.I.1773), eleito em 18 de Janeiro de 1741. Natural de Lamego, filho de Miguel Álvaro Pinto da Fonseca e sua mulher Ana Pinto Teixeira, Manuel Pinto da Fonseca foi o último Grão-Mestre Português da Ordem de Malta, cujos destinos orientou durante mais de trinta anos. Foi um verdadeiro Soberano do Século das Luzes – reformando e regulamentando todas as áreas da governação pública, desde o Comércio, Indústria, Saúde e Justíça. Fundou a Universidade, a Biblioteca e a Imprensa. Lançou grandes obras, restaurando palácios, monumentos e edifícios públicos. O seu governo foi marcado pela magnificência.
Encontra-se sepultado em La Valletta, sendo o seu Túmulo uma das principais atracções da Ilha.
Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.248 e seguintes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

FREI D. ANTÓNIO MANOEL DE VILHENA

FREI D. ANTÓNIO MANOEL DE VILHENA (1663-1736), 66.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (19.VI.1722-10.XII.1736). Foi o terceiro filho de D. Sancho Manoel de Vilhena, primeiro Conde de Vila Flôr, e sua mulher Ana de Noronha. Em 1703 foi elevado ao cargo de grão-chanceler da Ordem e chefe da língua de Castela e Portugal, mais tarde a Bailio de São João de Acre, assim como a Governador do Tesouro. Só em 1722 foi eleito Grão-Mestre da Ordem por voto de todos os eleitores sendo um dos mais notáveis no cargo pelo seu valor nas batalhas e pela sua integridade na Administração Pública. Vilhena foi amado pelos seus contemporâneos por ter tentado melhorar a situação da ilha de Malta, onde criou inúmeras instituições de caridade. Para além disso, criou o Palácio da Ordem em Floriana, um subúrbio de La Valetta onde ainda hoje se ergue uma estátua em sua homenagem. Construiu ainda o Forte Manuel e o Teatro Manuel (1731), que é tido como sendo o segundo mais antigo teatro da Europa ainda hoje em utilização. Quando faleceu, em 1736, ficou sepultado na Co-Catedral de S. João, sendo o seu túmulo considerado o maior e mais sumptuoso de todas os mausoléus dos grão-mestres da Ordem de Malta.
Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.207 e seguintes.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

FREI D. LUÍS MENDES DE VASCONCELOS

FREI D. LUÍS MENDES DE VASCONCELOS (1541-1623), 55.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (17.IX.1622-07.III.1623).
Natural de Évora, onde terá nascido por volta de 1541, era filho de Francisco Mendes de Vasconcelos e sua mulher D. Isabel Pais de Oliveira. Desde muito cedo que a Ordem o pretendeu entre os seus e para isso fez as devidas provanças, chegando a Malta em 1 de Abril de 1572.
Antes de rumar a Malta serviu algum tempo junto à pessoa do Senhor D. João de Áustria, Generalíssimo do Mar e filho natural do Imperador Carlos V.
Foi Capitão da Galé Esperança por dois anos. Desempenhou as funções de Auditor, Procurador de Encarcerados e Comissário de Pazes. Foi ainda Recebedor da Religião em Portugal, entre 1589 e 1598, Embaixador da Religião em Roma e Conservador Conventual, de que passou a General de Galés, em 1613. Foi ainda Bailio de Aquila e de Acre.
Por seu primeiro cabimento teve a Comenda de Elvas e Montoito, que deixou melhorando-a com a Comenda de Vera Cruz. Além destas teve de graça as Comendas de Rossas, Frossos e Algozo.
Eis que por fim atingiu o Grão-Mestrado da Ordem. Dignidade de que gozou por apenas um ano e, por isso, enquanto tal, não é muito significativa a sua obra. No entanto, no seu breve governo, demonstrou a grandeza do seu ânimo, a generosidade do seu pensamento e o zelo pela justiça. Foi sepultado na cripta da Igreja de S. João, em La Valleta, Malta.

Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.180 e seguintes.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

FREI D. AFONSO DE PORTUGAL

FREI D. AFONSO DE PORTUGAL (1135-1207), 11.º Grão-Mestre da Ordem de Malta (1202-1206).
Apontado como sendo o mais velho dos filhos bastardos de D. Afonso Henriques, O Conquistador, Rei de Portugal, e de Dona Chamoa Gomes, Dom Fernando Afonso foi uma personagem de grande importância no seu tempo. Serviu como alferes-mor do rei seu pai, embora por curto período. Depois, foi cavaleiro da Ordem do Templo, passando mais tarde para a Ordem do Hospital, de que se tornou mestre na Hispânia, em 1198. Rumou ao Oriente onde participou na 4.ª Cruzada sob o estandarte da Ordem dos Hospitalários, de 1202 a 1204, na qual logo se notabilizou e granjeou apoio para a ascenção a Grão-Mestre da Ordem.
No seu curto mandato, de 1202 a 1206 (a maioria dos autores aponta o período 1194 a 1195), empreendeu uma importante reforma nos Estatutos da Ordem. Por razões ainda relativamente desconhecidas viu-se obrigado a abdicar e a regressar a Portugal, onde faleceu um ano depois.Foi sepultado na Igreja de São João de Alporão, em Santarém.
Estudos recentes, embora admitam não existir qualquer prova documental conclusiva, sustentam ser bem provável que tenham existido problemas relacionados com a transmissão do trono para D. Sancho I, a que não será alheio o envenenamento ou morte de D. Fernando Afonso, em Évora, no ano de 1207.
Para mais desenvolvimentos, consultar: ALBUQUERQUE, Martim de, Portugal And The Order Of Malta. Aspects Of Europe, Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, 1998, pág.120 e seguintes.