segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cerimónias Natalícias da Assembleia Portuguesa

Novos Membros antes da Investidura

S.E. o Sr. Conde de Albuquerque, S.A.R. Dom Duarte de Bragança e S.E. o Sr. Dr. Miguel de Polignac

Aspeto da assistência da Santa Missa
No dia 15 de Dezembro, contando com numerosa participação, foi celebrada a habitual Santa Missa na Igreja de Santa Luzia, em Lisboa, sede nacional da Assembleia Portuguesa, pelo Capelão Conventual Grã-Cruz ad honorem Sua Excelência Reverendíssima Sr. Dom Antonino Eugénio Dias, Bispo de Portalegre e de Castelo Branco.
Dignou-se concelebrar Sua Excelência Reverendíssima Sr. Dom Rino Passigato, Núncio Apostólico em Portugal, conjuntamente com quatro outros sacerdotes.
Na ocasião Sua Excelência o Sr. Conde de Albuquerque, Presidente da Assembleia Portuguesa, recebeu o juramento de vários novos confrades, na presença de Sua Excelência o Sr. Embaixador da Ordem de Malta em Portugal, Dr. Miguel de Polignac, e de Suas Altezas Reais os Senhores Duques de Bragança.
Presente também um dos Presidentes de Honra da Assembleia Portuguesa, S.E. o Sr. Professor Dr. Martim de Albuquerque, o Ex.º Sr. Presidente da Câmara Municipal do Crato, Dr. João Teresa Ribeiro, o Ex.º Sr Presidente da Junta de Freguesia do Crato, José António Correia Belo e o Ex.º Sr. Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Crato, Dr. Mário de Carvalho Cruz.
A cerimónia contou ainda com a imposição de insígnias pelo Sr. Presidente da Assembleia Portuguesa, a Monsenhor Paulo Dias Prior da Vila do Crato da Cruz Pro Piis Meritis da Ordem Pro Mérito Melitense a quem S.E. o Conde de Albuquerque também ofereceu uma bandeira da Ordem de Malta para que fique sempre presente na Igreja Matriz da Vila do Crato, local de especial relevo e de significado simbólico histórico para a Ordem Soberana Militar de Malta, e ainda da Cruz da Ordem Pro Mérito Melitense à Sra. Provedora da Santa Casa da Misericórdia de Coruche.
S.E. o Conde de Albuquerque impôs ainda conjuntamente com S.E o Sr. Embaixador as insígnias aos novos voluntários do CVOM residentes no Alentejo e recebeu das mãos de um representante de um grupo de voluntários da Vila do Crato um conjunto de fichas de inscrição no Corpo de Voluntários da Ordem de Malta.
Foram também entregues os "pins" confirmando as respetivas pertenças de um grupo de jovens residentes em Lisboa, agora membros do CVOM.
Após a celebração da Santa Missa, Sua Alteza Real a Sra. Dona Isabel de Bragança, Duquesa de Bragança dirigiu-se conjuntamente com S.E. o Sr. Presidente e com S.E.R. ª o Senhor Bispo de Portalegre acompanhado de S.E.R.ª o Senhor Núncio Apostólico afim de descerrar a imagem da Rainha Santa Isabel, recentemente adquirida pela Assembleia Portuguesa após a visita oficial feita à Hungria a convite do Governo Húngaro e que ficará de agora em diante ao culto na Igreja de Santa Luzia.
Na ocasião Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo de Portalegre benzeu a imagem da Rainha Santa.
Presentes também nessa ocasião um grupo significativo de Damas da Ordem de Santa Isabel.
A encerrar a cerimónia S.A.R. o Sr. Duque de Bragança, a pedido de S.E. o Sr. Conde de Albuquerque , dirigiu-se à Sala do Conselho, acompanhado por S.E. o Sr. Embaixador e pelos membros do Conselho da Assembleia Portuguesa afim de descerrar três reproduções de quadros respetivamente de El Rei Dom Carlos I, El Rei Dom Manuel II e de S.A.R. o Príncipe da Beira Dom Luis Felipe de Bragança, todos eles membros da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana Militar de Malta.
Após o encerramento das cerimónias na Igreja de Santa Luzia, S.E. o Sr. Conde de Albuquerque, presidiu ao Jantar de Natal Nacional da Assembleia Portuguesa, conjuntamente com S.E. o Sr. Embaixador da Ordem de Malta em Portugal .
Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Núncio Apostólico honrou a Assembleia com a Sua presença.
O jantar sentado para cerca de 120 pessoas, realizou-se no Palácio da Independência em Lisboa tendo o confrade Ex.º Sr. Dr. José Alarcão Troni, Conde da Barca, Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal cedido as instalações da S.H.I.P. para o efeito.
Durante o jantar S.E. o Sr. Conde de Albuquerque proferiu uma intervenção de fundo acerca da realidade, da Missão e dos objetivos da Ordem de Malta nos nossos dias em Portugal e na CPLP.
Por fim S.E. o Sr. Embaixador da Ordem de Malta em Moçambique Dr. Pedro d’Espiney Pinto Ferreira fez uso da palavra apresentando um inovador e interessante projeto assistencial a ser implementado muito em breve naquele país sob a inspiração, o patrocínio e responsabilidade da Embaixada.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Imposição da Grã-Cruz Pro Piis Meritis a S.E.R. Dom Manuel Clemente, Bispo do Porto, e das insígnias de Capelão Magistral ao Reverendo Padre João Pedro Bizarro

S.E. o Sr. Conde de Albuquerque com S.E.R. Dom Manuel Clemente

S.E. o Sr. Embaixador Ilídio Pinho, S.E.R. Dom Manuel Clemente e o Reverendo Padre João Pedro Bizarro
 
No dia 12 de Dezembro, um significativo número de Cavaleiros, Damas e voluntários assistiram à celebração da Santa Missa na Igreja de Aldoar, no Porto, presidida por Sua Excelência Reverendíssima Sr. Dom Manuel Clemente, Bispo do Porto.
Durante a celebração, S.E. o Sr. Conde de Albuquerque, Presidente da Assembleia Portuguesa, impôs as insígnias da Grã-Cruz Pro Piis Meritis a Dom Manuel Clemente, Bispo do Porto, concedida por SAE o Príncipe e Grão-Mestre na passada sessão do Soberano Conselho ocorrida no Palácio Magistral em Roma em 6 de Dezembro último, tendo ainda S.E. o Sr. Conde de Albuquerque solicitado a S.E.R. que se dignasse proceder à imposição das insígnias de Capelão Magistral ao Reverendo Padre João Pedro Bizarro, Capelão do Corpo de Voluntários da Ordem de Malta, o qual foi assim formalmente admitido na Ordem de Malta.
Seguidamente, S.E. o Sr. Conde de Albuquerque presidiu conjuntamente com S.E.R. ao jantar de Natal dos membros da Ordem de Malta residentes no norte, que decorreu nas instalações do Clube Portuense.
Dignou-se aceitar o convite para jantar o Ex.ºSr. Presidente da Direção do Clube Portuense, Dr. Henrique de Morais, Visconde de Morais.



S.E.R. Dom Manuel Clemente, S.E. o Sr. Conde de Albuquerque e o Reverendo Padre João Pedro ladeados por Cavaleiros e Damas da Ordem presentes na Santa Missa

 
Quero aproveitar este ensejo para me congratular com a imposição da Grã-Cruz Pro Piis Meritis a Dom Manuel Clemente, Bispo da Diocese do Porto, a que pertenço, e das insígnias de Capelão Magistral ao Reverendo Padre João Pedro Bizarro, Capelão do CVOM e pároco, entre outras, da paróquia de Rossas, que foi uma antiga Comenda da Ordem de Malta, no concelho de Arouca, a que também pertenço. Estamos perante duas distinções que muito honram a Ordem de Malta e, estou certo, orgulham a totalidade dos seus Membros.
A. J. Brandão de Pinho
Cavaleiro de Graça Magistral da OSMM

sábado, 8 de dezembro de 2012

D. ANTÓNIO MANOEL DE VILHENA

Passam esta semana 276 anos sobre o falecimento de D. António Manoel de Vilhena, o mais renomado dos Grão-Mestres Portugueses da Ordem de Malta.

 
D. António Manoel de Vilhena entrou muito novo para a Ordem de S. João de Jerusalém e muito cedo partiu para Malta, onde com pouco mais de vinte anos se iniciou, sucessivamente, como Patrão da Galé Capitania duma das armadas maltesas, Capitão de um  dos navios mandados pela ordem à conquista da Moreia, Major, Coronel de Milícia de Campanha, Grã-Cruz, Comissário dos Armamentos e Comissário das Guerras. Em 1703 foi elevado ao cargo de Grão-Chanceler da Ordem e chefe da língua de Castela e Portugal, mais tarde a Bailio de São João de Acre, assim como a Governador do Tesouro. Em 1722 atingiu a dignidade de Grão-Mestre da Ordem ao ser sufragado pela unanimidade dos eleitores, vindo a ser um dos mais notáveis no cargo pelo seu valor nas batalhas e pela sua integridade na Administração Pública.
D. António de Vilhena recolheu o agrado e estima dos seus contemporâneos por ter tentado melhorar a situação da ilha de Malta, criando aí inúmeras instituições de caridade, e pelo seu empenho em afirmar a história e importância da Ordem. São de sua iniciativa naquela Ilha do mediterrâneo, entre outras obras, o Palácio da Ordem em Floriana, um subúrbio de La Valetta onde ainda hoje se ergue uma estátua em sua homenagem; o Forte Manoel e o Teatro Manuel (1731), que é tido como sendo o segundo mais antigo teatro da Europa ainda hoje em utilização.
Em reconhecimento dos seus feitos militares, o Papa Bento XIII entregou-lhe o estoque e o casco bentos, distinção que a Santa Sé não concedia senão a príncipes e personagens que se distinguiam por feitos memoráveis contra os infiéis, e que consistia em uma espada de prata de 5 pés de comprido e num barrete de veludo carmesim com a imagem do Espírito Santo, em pérolas, benzido solenemente pelo papa.  Foi este ilustre português respeitado por todos os soberanos da Europa, muitos dos quais não dispensaram a sua amizade.
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

780 Anos do Foral dado à Vila do Crato

Aspeto do Foral da Vila do Crato dado pelo Prior e Convento
em 8 de Dezembro da Era de 1270
(Arquivo Nacional da Torre do Tombo)
Assinalam-se no próximo sábado 780 Anos do «Foral da Vila do Crato dado pelo Prior e Convento aos 8 de Dezembro da Era de 1270», ano 1232 da Era Cristã.
Trata-se de um ato e uma efeméride muito importantes para a história e atualidade da Ordem de Malta em Portugal, a que se somam as felizes coincidências da dedicação da própria Igreja Matriz da Vila do Crato e da consagração desse dia pela Santa Igreja à Imaculada Conceição, padroeira de Portugal.
Não raro, pessoas, entidades e até mesmo alguma historiografia trazem confundida a Carta de Doação da Vila do Crato à Ordem do Hospital, em 23 de Maio da Era de 1270, com o Foral que, em sequência e com o objetivo de cativar povoadores, foi dado a esse senhorio do Crato por Mem Gonçalves, Prior da Ordem do Hospital, em 8 de Dezembro daquela mesma Era de 1270.
Este foi porventura um dos primeiros mais importantes atos da Ordem do Hospital no nosso país, atestando já a sua soberania e traduzindo a importância que tinha para o Reino.
Assim, importa esclarecer que o primeiro Foral dado à Vila do Crato foi um ato da Ordem do Hospital e não do rei D. Sancho II, pese embora, em boa verdade, só tenha sido possível por força da importante doação daquele senhorio alentejano feita por este Soberano e por força dos privilégios que os Soberanos seus antecessores e antepassados, seu pai D. Sancho I O Povoador e seu avô D. Afonso Henriques O Conquistador, outorgaram à Ordem, por tão quista e prestimosa na reconquista de território aos mouros, na sua consequente defesa e no seu povoamento, bem como na expansão da Fé Cristã.
Este é também um dos mais importantes acontecimentos da História da agradável e pitoresca Vila do Crato, de que esta muito se deve orgulhar, tanto mais quando a presença da Ordem de Malta nessa Vila imprimiu um dos seus aspetos de maior interesse, curiosidade, singularidade e diferenciação.
As entidades civis e religiosas da Vila do Crato têm vindo a dar provas de estima por estas características e identidade, o que muito as dignifica e enriquece, porque também muito digna e rica é a história da Ordem de Malta, cuja tradição e ação se encontra ser hoje continuada pela Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta (fundada em 1899), única entidade portuguesa herdeira da tradição histórica e assistencialista da então também denominada entre nós Ordem de São João do Hospital de Jerusalém, de Rodes e de Malta, comummente referida como Ordem de Malta.
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Apontamento sobre a Sessão que teve lugar no dia 02 de Dezembro, nos Paços do Concelho da Vila do Crato - Comemorar a História do Crato

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Visita Oficial da Ordem de Malta à Vila do Crato




No dia 2 de Dezembro S.E. o Sr. Conde de Albuquerque, Presidente da Assembleia Portuguesa deslocou-se à Vila do Crato, antiga sede do Priorado da Ordem de Malta, a convite da Santa Casa da Misericórdia desta localidade do Alto Alentejo e da respetiva Câmara Municipal .
Acompanharam a visita S.E. o Sr. Embaixador da Ordem Soberana Militar de Malta em Portugal, Dr. Miguel de Polignac e o Ex.º Sr. Secretário da Assembleia, Dr. João Pedro de Portugal Campos Henriques.
Ao fim da manhã foi celebrada a Santa Missa na Igreja Basílica do Crato por Monsenhor Paulo Dias, Pároco do Crato, e na presença dos membros da Santa Casa da Misericórdia e demais autoridades locais.
Seguidamente a delegação da Ordem de Malta dirigiu-se ao Hospital de Santo António unidade hospitalar sob a alçada da Santa Casa, tendo nessa ocasião sido descerrada uma placa alusiva à concessão do nome do Senhor Presidente da Ordem de Malta à "Unidade de Grandes Dependentes".
S.E. o Sr. Conde de Albuquerque usou da palavra, nessa ocasião tendo retribuído as palavras de amizade e de boas vindas então também proferidas pelo Ex.º Sr. Mário Cruz, Provedor da Santa Casa.
Posteriormente seguiu-se um almoço de convívio oferecido pela Santa Casa e ao princípio da tarde teve lugar no edifício dos Paços do Concelho a Sessão Solene evocativa de diversas datas comemoradas neste ano de 2012:
- Os 780 anos da atribuição do primeiro Foral ao Crato
- Os 500 anos da atribuição do Foral Novo ao Crato pelo Rei Dom Manuel I
- Os 350 anos de resistência do Crato às tropas de Dom João de Áustria, durante a Guerra da Restauração.
S.E. o Sr. Conde de Albuquerque, a convite de S.E. o Sr. Presidente da Câmara, Dr. João Teresa Ribeiro usou da palavra nessa ocasião, proferindo uma alocução acerca da celebração destas efemérides e evidenciando os laços históricos e simbólicos entre a Ordem de Malta em Portugal e a Vila do Crato.
Posteriormente foram descerradas por S.E o Sr. Embaixador da Ordem de Malta e por S.E. o Sr. Presidente da Câmara uma placa alusiva a essas efemérides.
O dia acabou com uma visita guiada aos principais monumentos e edifícios desta Vila histórica.
Presente em todas as cerimónias o Exº Sr. Dr. Joaquim Mariano Cabaço, antigo Presidente da Assembleia Municipal, Diretor da União das Misericórdias Portuguesas e personalidade de grande destaque e relevo regional, cuja ação se revelou determinante para o êxito desta visita, contribuindo com a sua boa ação, eficaz e esclarecida para a solidificação dos laços de colaboração entre a Ordem de Malta e o Crato.
Ficaram assim, uma vez mais reforçadas as boas relações institucionais, de cooperação e de sólida amizade entre a Assembleia Portuguesa e o Município do Crato.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Igreja de Santa Maria, freguesia de Santa Maria de Marvão, concelho de Marvão
(Cruz Oitavada da Ordem de Malta na frontaria principal sobre o Portal)