sábado, 8 de dezembro de 2012

D. ANTÓNIO MANOEL DE VILHENA

Passam esta semana 276 anos sobre o falecimento de D. António Manoel de Vilhena, o mais renomado dos Grão-Mestres Portugueses da Ordem de Malta.

 
D. António Manoel de Vilhena entrou muito novo para a Ordem de S. João de Jerusalém e muito cedo partiu para Malta, onde com pouco mais de vinte anos se iniciou, sucessivamente, como Patrão da Galé Capitania duma das armadas maltesas, Capitão de um  dos navios mandados pela ordem à conquista da Moreia, Major, Coronel de Milícia de Campanha, Grã-Cruz, Comissário dos Armamentos e Comissário das Guerras. Em 1703 foi elevado ao cargo de Grão-Chanceler da Ordem e chefe da língua de Castela e Portugal, mais tarde a Bailio de São João de Acre, assim como a Governador do Tesouro. Em 1722 atingiu a dignidade de Grão-Mestre da Ordem ao ser sufragado pela unanimidade dos eleitores, vindo a ser um dos mais notáveis no cargo pelo seu valor nas batalhas e pela sua integridade na Administração Pública.
D. António de Vilhena recolheu o agrado e estima dos seus contemporâneos por ter tentado melhorar a situação da ilha de Malta, criando aí inúmeras instituições de caridade, e pelo seu empenho em afirmar a história e importância da Ordem. São de sua iniciativa naquela Ilha do mediterrâneo, entre outras obras, o Palácio da Ordem em Floriana, um subúrbio de La Valetta onde ainda hoje se ergue uma estátua em sua homenagem; o Forte Manoel e o Teatro Manuel (1731), que é tido como sendo o segundo mais antigo teatro da Europa ainda hoje em utilização.
Em reconhecimento dos seus feitos militares, o Papa Bento XIII entregou-lhe o estoque e o casco bentos, distinção que a Santa Sé não concedia senão a príncipes e personagens que se distinguiam por feitos memoráveis contra os infiéis, e que consistia em uma espada de prata de 5 pés de comprido e num barrete de veludo carmesim com a imagem do Espírito Santo, em pérolas, benzido solenemente pelo papa.  Foi este ilustre português respeitado por todos os soberanos da Europa, muitos dos quais não dispensaram a sua amizade.
 

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