quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Falcoaria Portuguesa considerada Património Cultural Imaterial da Humanidade

Foi hoje (01.XII) aprovada a inclusão da Falcoaria Portuguesa na lista do Património Cultural Imaterial da UNESCO.
O impulso para a classificação foi dado pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, que assim fez com que este património passasse a integrar a lista de 13 países, do Médio Oriente ao Mediterrâneo, cuja respectiva falcoaria já se encontra reconhecida.

Aproveitamos o mote para lembrar a relação histórica da Ordem de Malta com a Falcoaria Nacional e, nomeadamente, com a Falcoaria de Salvaterra de Magos.


A Falcoaria de Salvaterra de Magos remonta aos inícios do século XVII, tendo os primeiros falcões, cujos exemplares chegaram a Lisboa, com destino a Salvaterra, no dia 24 de Junho de 1745, sido oferecidos ao rei D. João V (1706-1750) pelo português e Grão-Mestre da Ordem de Malta Fra' D. Manoel Pinto da Fonseca (1741-1773).
A tradição de oferecer Falcões e até outras espécies exóticas ao Rei de Portugal, no entanto, é mais antiga. D. António Manoel de Vilhena, o mais renomado português que ocupou a Dignidade de Grão-Mestre da Ordem de Malta, por exemplo, uma vez eleito em 19 de Junho de 1722, todos os anos enviou falcões ao Rei de Portugal, alargando assim uma tradição que se mantinha já com os Reis de França e Espanha. Tradição esta, ainda mais antiga, a remontar a 1530, quando Carlos de Habsburgo, Rei de Espanha e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico impôs à Ordem dos Cavaleiros Hospitalários de S. João de Jerusalém e de Rodes o denominado Tributo do Falcão Maltês em troca simbólica pela cessão da soberania da Ilha de Malta, mediante o qual a Ordem ficou incumbida de entregar anualmente um falcão treinado para a cetraria ao reino de Espanha. (para saber mais, carregar no link).

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